O 'Tremendão da Aerolândia'
Uma viagem ao passado da Brianezi, a marca mais famosa de futebol de botão do país. Compro e pago muito bem times e coleções antigas dos anos 70. Aceito doações dos jogos, caso a pessoa não queira dinheiro. Toda doação eu retribuo em ajuda a uma instituição que cuida de crianças carentes. Esta página é um produto do site Botões para Sempre. Desde 1979 colecionando emoções.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
terça-feira, 22 de outubro de 2019
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Os antigos 'fora de catálogo' da Brianezi
Ao longo de 08 anos de colecionismo percebi que existem ainda muitas 'moscas brancas' que foram feitas na Brianezi. Ainda ninguém me tira da cabeça que os times italianos em celulóides fora de catálogo são os mais difíceis de surgirem em sua forma completa como Avellino, Pisa, Cesena, Ascoli e Cremonese.
No Leste Europeu talvez a dupla de times da extinta Tchecoslováquia (como Sparta Praga e Spartak Trnava) que não estavam escritas corretamente no catálogo também apresentam o mesmo grau.
E nos clubes brasileiros este grau de dificuldade ocorre na Francana. Nas seleções, a Bélgica e Noruega também não constavam na lista, mas tiveram produções.
Spartak 50mm, Série Luxo, da Eslováquia
Francana Luxo flexível de 50mm
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Processo de fabricação do modelo 'duas faixas' - 1977-86
A fase de ouro da saudosa Brianezi, também chamada de 'década de ouro', foi marcada pela segunda geração. A fase foi compreendida no final da década de 70, mais precisamente em 1976-1977 e durou aproximadamente dez anos, perto do fim de 1986. Os botões eram de celulóide importado, chamados assim, pois eram semelhantes aos materiais de 'tampas' ou 'capas' de relógios antigos. Estas miniaturas de futebol ficaram conhecidas no país inteiro e a Brianezi logo adquiriu um sinônimo: 'os botões de tampa mais famosos do Brasil'.
por Ricardo Bucci
Segundo relatos de pessoas que trabalharam na Brianezi em 1977 e que escreveram para o blog 'Botões para Sempre', o processo de fabricação dos botões 'duas faixas' era 100% artesanal. Havia uma pessoa para colocar os escudos, outra para colocar os números, todos os emblemas em 'decalque'. Estes eram vendidos também em papelarias pela cidade de São Paulo. Os botões iam para o esmalte incolor para a tinta não borrar nos respectivos números e escudos, pintura, depois a lixa para deixá-los todos retos na base, lavagem e, por fim, a embalagem.
Conheça como era detalhadamente o processo:
No fim dos anos 70 e início dos 80, reinava na Brianezi os famosos
botões de acetato de celulóide importado. Na antiga fábrica era possível
conhecer todo o processo de fabricação dos botões, desde o corte nas
folhas de celulóide, até a embalagem final. Depois do corte em forma
circular, as pequenas peças eram esquentadas numa chapa de ferro e
prensadas para se tornarem botões. Em seguida eram colocados os escudos e
números e, em alguns modelos, aquelas faixas que até hoje são adoradas
pelos colecionadores. Já os adesivos precisavam ser
molhados para serem fixados. Depois de secos, os escudos e números eram
esmaltados com base para não soltar e nem entrar tinta entre os adesivos
e o botão. Logo após vinha a pintura, na forma manual, uma
verdadeira obra artesanal! Após a tinta secar, os botões tinham a base
lixada para ficarem retos. E, para finalizar, eram lavados, secos e
limpos para serem embalados nos estojinhos.
Nessa época foram produzidos mais de 250 times, entre clubes nacionais, internacionais e seleções. Flamengo e Corinthians eram líderes de venda nas lojas. Em 1988, só para se ter uma ideia, a fábrica vendeu mais de 140 mil times, segundo reportagem antiga do jornal Folha de São Paulo. A Brianezi foi a primeira fábrica a produzir o New York Cosmos em diversas cores. O tradicional amarelo, com faixas verdes, branco com faixas verdes e verde com faixas brancas. Enormes filas eram encontradas na Av. Álvaro Ramos, local da fábrica e lojinha da Brianezi. Crianças e adultos, sedentos para conseguir tais relíquias, frequentavam o local, entre eles, o jornalista Silvio Lancellotti, detentor de uma extensa coleção de botões Brianezi. O primeiro Brianezi que apareceu em minha casa foi o Clube do Remo, no final de 1976/começo de 1977. Os botões 'duas faixas' estavam só começando e no berço dos botões vinham a palheta colorida, que se manteve somente até nesta fase, goleiro em forma de 'pedra', com o escudo do clube.
As características dos botões: os botões 'duas faixas' são os mais adorados pelos amantes da Brianezi, justamente por se tratar de os melhores botões que deslizam perfeitamente sobre a mesa. Não há fase na Brianezi melhor que esta em relação ao domínio sobre os botões. Claro que uma vez ou outra, encontrávamos deformidades nos estojinhos, isto é, um ou mais botões 'tortos', que se destoavam dos demais, mas todos corriam na mesa. O grande problema destes botões sempre foi sua conservação. Muitas peças quebravam, rachavam ou trincavam, justamente por serem de material extremamente flexível, de celulóide. Sendo totalmente artesanal, outro aspecto que a criança ou adolescente tinha que ter na época era manter os botões intactos. Mas boa parte deles que raramente encontramos à venda em sites de compras ou outros meios, apresentam descascamentos nas pinturas, pela ação do tempo e falta de conservação dos antigos donos. Nos meus campeonatos, os botões 'duas faixas' dividem títulos com os botões da terceira fase. Quando estes botões de fases distintas se enfrentam, há um equilíbrio muito grande.
O Piauí já foi campeão brasileiro da terceira divisão e vice-campeão da segundona em meus torneios.O Birmingham City já faturou uma Champions e um vice do Mundial Inter-clubes
O raríssimo Nice da França, vice-campeão de minha Champions de 2014
Outra 'mosca branca', o Lyon da França, de minha coleção. Veio numa caixa de sapatos lotada de botões antigos. Dá-lhe Lyon!
'Duas faixas' da Arábia Saudita, porém com lentes grandes, da Edição de Luxo, de 45mm. O tradicional Brianezi 'duas faixas' tinha sempre 42mm. Esta Arábia era especial e somente vendida na lojinha da Brianezi, no Belenzinho-SP.
O argentino Estudiantes de La Plata, outro time raro e fortíssimo para minha Pré-Libertadores de 2016.
Times fora de catálogo também eram encontrados nos botões da segunda geração. Aqui vemos um Ascoli, da Itália. Seleções que não estavam presentes no catálogo como Noruega e Bélgica também eram fabricadas pela antiga Brianezi.
A seleção da Albânia, uma relíquia da fábrica, de minha coleção particular.
Este número 9 do Manchester é o melhor botão que apresento em minha coleção. Artilheiro, craque, excelente domínio, desliza uma barbaridade nas mesas. O Pelé do botão!
O grande Central de Caruaru, raro de ser achado, detentor de um magistral título pela minha segundona do brasileiro
O New York Cosmos já foi campeão de minha Libertadores e possui um título da Final Intercontinental contra o todo poderoso Bayern de Munique.
Schalke 04: taticamente falando, uma das melhores formações da Brianezi
A Brianezi lembrou com carinho de um dos times mais simpáticos do Nordeste: o tradicional Calouros do Ar, time da antiga Base Aérea de Fortaleza e que já faturou um campeonato de botão da terceira divisão, um vice da segunda e dá trabalho para os grandes na minha primeira divisão. A foto do time já circulou nas redes sociais do clube, como cordial lembrança, fato que agradeço a todos os diretores do "Tremendão da Aerolândia". Parabéns, Calouros!
O raro time mexicano Club León, feito pela Brianezi no final dos anos 70, sempre dando trabalho para todos os meus times da Libertadores da América.
O Juventus da Mooca, time adorado pela comunidade ítalo-brasileira. Nostalgia pura feita pela Brianezi, seguramente o time mais ileso e incólume que tenho em minha coleção dos Brianezi 'duas faixas'. Parabéns Lúcio Brianezi por fazer um time simplesmente maravilhoso!
A 'Squadra Azzurra' feita pela família Brianezi no começo dos anos 80, com escudo usado na Copa de 1978.
Catálogo dos times 'duas faixas'. Mais de 250 relíquias em miniaturas.
1979-1980: os botões 'duas faixas' já faziam parte de meus campeonatos. Aqui vemos eu (caçulinha) e meu irmão na partida inaugural da mesa 'Coluna Brinquedos', na partida entre Flamengo e Brasil CBD.
Para ver postagens de outros modelos de botões da Brianezi, clique nos respectivos marcadores.
terça-feira, 17 de setembro de 2019
Alguns times com 'faixas pro lado' 1987-88
Goiás
Benfica
Dínamo de Kiev, coleção de Caio Lopes
Saint Étienne, coleção de Caio Lopes
Porto/POR
Bilbao
Benfica
Dínamo de Kiev, coleção de Caio Lopes
Saint Étienne, coleção de Caio Lopes
Porto/POR
Bilbao
Brianezi terceira edição 1987-88 - material acetato e decalcomania, com 'faixas pro lado'.
Botões para Sempre apresenta uma postagem sobre os ótimos botões da Brianezi feitos logo depois dos famosos celulóides 'duas faixas'. Lúcio Brianezi, o maior mestre do futebol de botão do país, confeccionou a partir de 1987 as suas miniaturas de futebol ainda com os resquícios das primeiras gerações. Foram mantidos os escudos resistentes em decalques que saíam em 'água' e as famosas faixas, desta vez, o modelo tinha listras 'para cima' e 'para baixo'. A lista dos times é extensa. Não posso afirmar que ela seguiu fielmente todos os clubes brasileiros, internacionais e seleções da segunda fase. Mas pelo que venho observando, a Brianezi optou por fazer os mesmos times, ou quase todos da segunda fase daquele catálogo que compreende os 'duas faixas', de 1977-1986. O tamanho permanecia o mesmo das primeiras gerações, cerca de 42mm.
Vale ressaltar que estes modelos tiveram vida curta. Infelizmente. Duraram até o fim do ano de 1989, aproximadamente, quando foram substituídos pelos times da 3ª fase com camisas dos clubes e seleções. Estes times são mais difíceis de se encontrarem dos que os da terceira e última geração. Vale notar também que a Brianezi não repetiu os mesmos times logo depois do fim desta confecção. Só a partir do fim dos anos 90 e com o advento da Internet, a Brianezi voltava a produzir cerca de 1.000 times de todos os continentes, porém com artes e escudos novos, da época.
As características destes botões com faixas 'para cima' e 'para baixo' verificadas na mesa são as melhores possíveis. Ou seja, os botões são semi-flexíveis, mais resistentes que os de celulóide e deslizam muito bem. O toque de bola é rápido e envolvente. Taticamente perfeito. Percebo claramente quando jogo com eles, é que o time ataca em bloco e, nos arremates, encobrem perfeitamente o goleiro. Em geral, são mais maleáveis que os da terceira fase, embora também se enquadram na mesma classificação das gerações; o diferencial destes modelos é que eles tinham essas faixas perto do número, só que no lado direito dos botões.
Em detalhe, os modelos semi-flexíveis da Brianezi com 'faixas' que disputam campeonatos em 'Botões para Sempre': o São Bento de Sorocaba - SP que consegui a partir de uma troca muito antiga no fim dos anos 80, com um amigo de colégio. O time do interior já foi campeão na minha mesa da terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Conseguiu também classificação inédita da segunda divisão para a elite do Campeonato Nacional. Ao lado, a seleção de Israel, que vem participando das eliminatórias da Copa de 2015 e o Barcelona, quarto colocado da última Champions League de 2014.
O Nacional do Uruguai: coleção particular do amigo jornalista André do Nascimento Pereira. Reparem que o goleiro ainda era mantido com escudo do time.
NK Zagreb, de 1987-1989, da extinta Iugoslávia, hoje Croácia
A seleção da Albânia
Peñarol, do Uruguai
Comercial - SP
Botafogo - SP
América - SP: do colecionador e botonista amigo José Mauro, dos EUA
Moto - MA
Iugoslávia
Nantes - França
O extinto MKT Zagora, hoje Beroe Stara Zagora, da Bulgária
Bélgica
Vale ressaltar que estes modelos tiveram vida curta. Infelizmente. Duraram até o fim do ano de 1989, aproximadamente, quando foram substituídos pelos times da 3ª fase com camisas dos clubes e seleções. Estes times são mais difíceis de se encontrarem dos que os da terceira e última geração. Vale notar também que a Brianezi não repetiu os mesmos times logo depois do fim desta confecção. Só a partir do fim dos anos 90 e com o advento da Internet, a Brianezi voltava a produzir cerca de 1.000 times de todos os continentes, porém com artes e escudos novos, da época.
As características destes botões com faixas 'para cima' e 'para baixo' verificadas na mesa são as melhores possíveis. Ou seja, os botões são semi-flexíveis, mais resistentes que os de celulóide e deslizam muito bem. O toque de bola é rápido e envolvente. Taticamente perfeito. Percebo claramente quando jogo com eles, é que o time ataca em bloco e, nos arremates, encobrem perfeitamente o goleiro. Em geral, são mais maleáveis que os da terceira fase, embora também se enquadram na mesma classificação das gerações; o diferencial destes modelos é que eles tinham essas faixas perto do número, só que no lado direito dos botões.
Em detalhe, os modelos semi-flexíveis da Brianezi com 'faixas' que disputam campeonatos em 'Botões para Sempre': o São Bento de Sorocaba - SP que consegui a partir de uma troca muito antiga no fim dos anos 80, com um amigo de colégio. O time do interior já foi campeão na minha mesa da terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Conseguiu também classificação inédita da segunda divisão para a elite do Campeonato Nacional. Ao lado, a seleção de Israel, que vem participando das eliminatórias da Copa de 2015 e o Barcelona, quarto colocado da última Champions League de 2014.
O Nacional do Uruguai: coleção particular do amigo jornalista André do Nascimento Pereira. Reparem que o goleiro ainda era mantido com escudo do time.
NK Zagreb, de 1987-1989, da extinta Iugoslávia, hoje Croácia
A seleção da Albânia
Peñarol, do Uruguai
Comercial - SP
Botafogo - SP
América - SP: do colecionador e botonista amigo José Mauro, dos EUA
Moto - MA
Iugoslávia
Nantes - França
O extinto MKT Zagora, hoje Beroe Stara Zagora, da Bulgária
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